quinta-feira, 10 de março de 2011

Consciência Ecologia....e muito trabalho...onde Esterco é transformado em energia.

Em matéria publicada pelo site www.oeco -Energia limpa gerada com esterco chamou muito a minha atenção.Em Videira-SC o estado possui um rebanho de 6,2 milhões de porcos, um dos maiores do mundo. O grande desafio dos suinocultores do oeste catarinense tem sido buscar um destino sustentável para o dejeto que muitas vezes são jogados diretamente nos mananciais, contaminando os rios e o lençol freático, colocando em risco o abastecimento de água. A solução, segundo os especialistas, é gerar energia com as fezes dos animais.
Pois ja existe casos de sucesso Em Videira, no meio-oeste de Santa Catarina, a Granja São Roque, com 47 mil suínos está chamando a atenção pela ousadia do proprietário. Nelso Pasqual investiu R$ 3,5 milhões desde 2004 para transformar metano em energia elétrica.Segundo Pasqual, os suínos produzem 4.500m³/dia de metano, gás de efeito estufa 34 vezes mais potente que o gás carbônico (CO2) .A Granja São Roque tem registro na Agência Nacional de Energia Elétrica para produção de até 1 MW e reduzirá até 9.154,04 tCO2e/ano.O resultado foi um contrato com a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina).De acordo com Michel Becker, diretor técnico da Celesc geração, o contrato teve inicio em junho de 2010, e hoje a granja trabalha com 0,3 MW/mês do 1 MW/mês que é capaz de produzir. Esta energia abastece toda a demanda da granja e mais 60 residências (o cálculo da Celesc é que cada residência utilize em torno de 70 KW).

“A granja tem hoje cinco biodigestores e trabalha com três grupos de geradores. Estamos estudando a viabilização de produzir o potencial máximo que a granja está apta a produzir”, disse Becker. A Coopercentral Aurora é a primeira indústria da região a utilizar um biodigestor na sua granja. Santiago Ibarra, que implantou o projeto, explica que o projeto entrou em operação há dois anos. O biodigestor gera energia elétrica, térmica e vapor, que são reutilizados na própria granja.
Segundo Paulo Armando Victória de Oliveira, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves.
explica que sem o biodigestor, os dejetos são jogados nas esterqueiras, produzindo mau odor e contribuindo para o efeito estufa. Ele lamenta, no entanto, que no Brasil a iniciativa ainda esteja engatinhando. São, ao todo, 2.500 biodigestores espalhados pelo país e somente 5% geram energia.
Segundo ele, na região predominam as pequenas propriedades, o que inviabiliza a geração de energia. “É necessário um grande número de suínos para produzir biomassa capaz de ativar o gerador. O menor gerador tem capacidade de 10 KVA e consome 12 m³/h. Precisa de pelo menos cinco mil suínos para isso”, explica.

Santiago Ibarra, diretor da Gter-Energias Renováveis, aponta outra alternativa para a aplicação de biodigestores nas pequenas propriedades. Ele explica que o pequeno criador tem problemas por causa do baixo consumo de energia na região, mas parcerias poderiam ser criadas.

“Se ele produz uma determinada quantidade de energia e não usa na sua atividade, ele pode ter um vizinho que usa. Podemos pensar de forma mais ampla e tratar o caso do pequeno produtor em um contexto mais amplo que só a propriedade dele, tendo assim, um retorno financeiro e contribuindo para o equilíbrio do projeto”, afirma o especialista em energias renováveis.
Estes pequenos produtores não precisariam, portanto, se ater em um só tipo de energia. Eles poderiam aproveitar a energia térmica, mecânica ou elétrica. Santiago explica que o produtor, principalmente no ciclo de engorda, tem um baixíssimo consumo de energia nesta região, mas pode ter um vizinho que cria aves e está gastando lenha ou combustível fóssil para aquecer o aviário e precisa de energia.
Com o resíduo excedente o pequeno proprietário pode fazer unidade de compostagem. “Assim, ele gera adubo orgânico e ainda consegue exportar para outras propriedades. Isso é viável economicamente”, afirma Oliveira.

Uma matéria super importante para nós futuros Zootecnistas que temos desde de já termos uma consciência ecologica e de preservação, procurando assim aproveitar o máximo a utiização da materia-prima sem prejudicar o meio ambiente.





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